Para ajudar a resgatar a memória fashion nacional, o Museu de Arte de São Paulo organizou a mostra Arte na Moda: Coleção MASP Rhodia, que reúne o acervo completo de vestuário da empresa francesa criado em colaboração com artistas e estilistas brasileiros na década de 1960.

Tudo começou quando a Rhodia, que produzia fios sintéticos, precisava vendê-los em um país tropical em que reinava o algodão. Foi aí que Lívio Rangan (1933-1984), visionário gerente de publicidade da empresa, passou a convidar artistas plásticos para desenhar estampas a cada coleção – pense em nomes como Iberê Camargo, Tomie Ohtake,

Alfredo Volpi e Willys de Castro – e estilistas pioneiros da época, cuja lista inclui Dener, Ugo Castellana, José Ronaldo, Guilherme Guimarães e Jorge Farré.

As coleções eram apresentadas na Feira Nacional da Indústria Têxtil, a Fenit, em desfiles-show realizados entre 1960 e 1970, que misturavam teatro, dança, música e artes visuais, algo inédito até então. De lá para cá, muito se perdeu, mas 79 modelos com estampas de 28 artistas foram doados para o MASP que, até 14 de fevereiro, exibe seu acervo completo de vestuário da Rhodia. São peças únicas que materializam o potencial criativo da colaboração entre arte, moda, design e indústria, que permanece único e insuperável no Brasil. Vale a

visita!

MASP
Endereço: Avenida Paulista, 1578, São Paulo/SP – Telefone: 11 3149 5959
Arte na Moda: Coleção MASP Rhodia

Fotos: divulgação

Moda e arte sempre estiveram presentes em nosso DNA. Art of Fashion é o resultado da união dessas duas paixões. O editorial, fotografado na Galeria Nara Roesler durante a última edição da SP-Arte (a mais importante semana de artes plásticas do país), teve como protagonistas as pessoas que fazem parte da nossa curadoria: a Sister Amanda Cassou; Débora Mangabeira; Liege Kacowicz, designer por trás da Klos; Raquel Alvarez, nome à frente da Wymann; Luiza Ortiz, nossa buyer e owner da Loop Vintage e as sócias Paula Proushan e Michele Lima, da Blue Bird.

As obras de Tomie Ohtake, Daniel Buren, Julio Le Parc, entre outros nomes consagrados e em início de carreira no mundo das artes plásticas, foram os cenários desse projeto artsy e fashion. Check it out!

 Fotos: Bia Monteiro

Aos 89 anos, o argentino Julio Le Parc ganha retrospectiva no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. A mostra Da Forma à Ação reúne mais de 100 obras do artista, pioneiro da arte cinética e da opt art, desde trabalhos iniciais até os mais conhecidos.

Le Parc, logo após mudar-se para Paris, tornou-se, em 1960, membro fundador do coletivo de artistas Grupo de Pesquisa de Artes Visuais (GRAV). Ao enfatizar o poder social de objetos e situações de arte não mediados e desorientadores, o argentino buscou limpar as estruturas e sistemas que separam espectador de obra.

Sua inovação no campo da luz, movimento e percepção foi central para os movimentos da arte cinética e ótica da época, enquanto suas teorias de imediatismo e espectadorismo como veículo de mudança social e política, continuaram a integrar a vanguarda parisiense de 1960 adiante.

Esse espírito da arte como ímpeto para empoderamento social move-se pela mostra em três secções temáticas: Da superfície ao objeto, Deslocamento; Contorções; Relevos, e Jogo & Política de participação.

Em cartaz até o dia 25 de fevereiro de 2018.

Julio Le Parc: Da Forma à Ação

Endereço: Av.Brigadeiro Faria Lima, 201, Pinheiros – São Paulo – SP