Quem passar por Nova York nos próximos meses deve fazer uma parada obrigatória na exposição do icônico fotógrafo Irving Penn. Até o dia 30 de julho, o Metropolitan Meuseum of Art celebra o centenário de seu nascimento com a mostra batizada de Centennial. A exposição reúne mais de 200 fotografias do artista, que relembram seus 70 anos de trabalho.

Com o título de maior fotógrafo do século 20, o americano Irving Penn ficou conhecido pelos trabalhos realizados no mundo da moda, da arte e da beleza. Sua sensibilidade também o tornou um dos retratistas mais concorridos de sua época, clicando personalidades como Truman Capote, Picasso, Audrey Hepburn e Yves Saint Laurent.

Nascido em Plainfield, no Estado de Nova Jerey em 1917, Penn estudou na Pennsylvania Museum School of Industrial Art, na Filadélfia. Sua carreira deslanchou em 1943, quando conseguiu a concorrida vaga de assistente de Alexander Liberman, lendário diretor de arte do grupo Condé Nast, na Vogue americana – não para ser fotógrafo, mas para idealizar as fotografias da capa da revista.

Em outubro daquele mesmo ano, desafiado por Liberman a fazer uma foto, inspirou-se na experiência da pintura e do desenho e, assim, assinou sua primeira capa para a publicação: uma composição de objetos e natureza morta. Desse dia em diante, o americano tornou-se referência mundial.

Composições sensíveis, com uma elegância simples e atemporal, que se destacavam pelos detalhes eram marcas registradas de seu trabalho. Ao longo da vida, Irving Penn assinou mais de 150 capas para a Vogue, além de campanhas para renomadas marcas de beleza, como L’Oréal e Clinique.

Em cartaz até o dia 30 de julho de 2017.

Endereço: 1000 Fifth Avenue, New York, NY 10028

Irving Penn: Centennial

Muito além do arigato e do sayonara, a Japan House é inaugurada na capital paulista como um centro cultural para mostrar o “novo” Japão. Já acostumados com o sushi e os mangás (aquelas histórias em quadrinho lidas de traz para frente) do bairro da Liberdade, os paulistanos que passarem de agora em diante pela Avenida Paulista vão se deparar com um prédio de arquitetura arrojada, moderna, assinado pelo renomado arquiteto Kengo Kuma.

Pioneira, a unidade de São Paulo faz parte de um projeto do governo japonês para proporcionar um intercâmbio cultural entre a cultura nipônica e o mundo. Nela acontecerão exposições, shows e workshops com o que há de mais moderno na arte, design, gastronomia, tecnologia e negócios.

A mostra inaugural do espaço é a Bambu – Histórias de um Japão, que fica em cartaz até o dia 9 de julho. São cerca de 50 peças feitas com a planta, com mais de 5000 usos diferentes registrados em todo o mundo.

O prédio abriga também um restaurante especializado na gastronomia oriental. Com pratos típicos japoneses, além de bebidas, o local traduz toda a qualidade e cuidado do chef Jun Sakamoto.

Endereço: Avenida Paulista, 52, São Paulo – SP

Japan House

Famosa por sua estética desconstrutivista e seus shapes rebeldes, Rei Kawakubo, fundadora da Commes des Garçons, ganha mostra em homenagem aos seus 40 anos de carreira no Metropolitan Museum of Art (MET), em Nova York. Rei é a 2ª estilista viva a ganhar exposição solo no museu nova-iorquino – o 1º foi Yves Saint Laurent em 1983.

Com cerca de 150 outfits, a mostra Rei Kawakubo/Comme des Garçons: Art of the In-Between se propõe a examinar o trabalho avant-garde e super conceitual da japonesa, hoje com 74 anos. A seleção vai do início dos anos 1980 até os dias atuais e se divide nas sessões Passado/Presente/Futuro, Modelo/Múltiplo, Ordem/Caos, Fashion/Antifashion e outros temas que já foram alvo de seu trabalho.

Formada em Artes e Literatura pela universidade de Keio, no Japão, sua relação com o mundo fashion começou com a indústria têxtil. A partir de 1967, se tornou stylist e, dois anos mais tarde, criou a Comme des Garçons. Inspirada pela música Tous les Garçons et les Filles, de Francoise Hardy, a etiqueta fez tanto sucesso na terra natal de sua designer que logo ganhou a primeira boutique própria em Tóquio – sem vitrine e sem espelho. O intuito de Rei era enfatizar a “a noção de que as pessoas deveriam comprar roupas pelo que elas te fazem sentir, não por como elas parecem”.

A estreia na Semana de Moda de Paris aconteceu em 1981 e, desde então, a estilista japonesa não para de colecionar fãs. Seu trabalho é considerado uma revolução na moda.

Em cartaz até o dia 4 de setembro de 2017.

Endereço: 1000 Fifth Avenue, New York, NY 10028

Rei Kawakubo/Comme des Garçons: Art of the In-Between

Está com viagem marcada para Paris? Então não deixe de visitar a exposição Christian Dior, couturier du rêve organizada pelo Musée des Arts Décoratifs para celebrar os 70 anos da maison. Um olhar profundo sobre universo do renomado designer, seus sucessores e os temas que inspiraram a lendária marca francesa.

Com duas alas que somam cerca 3 mil m², assinadas pela arquiteta de interiores Nathalie Crinière, a mostra reúne mais de 300 vestidos de alta-costura exibidos juntamente com fotografias, desenhos, cartas, pinturas e esculturas surrealistas que inspiraram o designer e seus sucessores. Um verdadeiro lembrete da importância que a figura revolucionária de Christian Dior teve no mundo da moda. Até 7 de janeiro de 2018!

Endereço: Les Arts Décoratifs, 107, rue de Rivoli, 75001 Paris

Christian Dior, couturier du rêve

Talvez Pedro Correia de Araújo seja um nome que poucos associem ao Salão Revolucionário de 1931. Mas ao lado das obras de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcanti, estavam as pinturas do artista. De família Pernambucana, nasceu em Paris e, pela primeira vez, ganha mostra dedicada ao seu trabalho – de suma importância para a história da arte brasileira.

No subsolo do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Pedro Correia de Araújo: erótica reúne cerca de 70 obras pintadas entre 1929 e 1955, período que enfoca a sensualidade latente de suas produções. Retratando, especialmente, mulheres negras, o erotismo de suas telas se manifesta como algo racional e matemático, não se resumindo apenas na mera tentativa de expressão corporal e passando longe da estetização do mundo e dos objetos.

A exposição faz parte da programação do museu, que gira em torno do tema Histórias da Sexualidade. Dividida em quatro eixos (nus, danças, retratos e a série erótica), fica em cartaz até o dia 18 de dezembro de 2017.

Museu de Arte de São Paulo – MASP

Endereço: Avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP, 2º subsolo