Em cartaz no Metropolitan Museum of Art até setembro, a exposição Unfinished nasceu de uma questão: quando saber que uma obra de arte está concluída? Dos mestres da Renascença até chegar a artistas mais contemporâneos, a mostra reúne 197 trabalhos incompletos assinados por Ticiano, Rembrandt, Turner, Cézanne, Lygia Clark e Jackson Pollock só para citar alguns nomes.

A exposição aborda um assunto crítico para a prática artística, com pinturas e esculturas que não foram terminadas, mas também trabalhos non-finito

style deliberadamente inacabados e, como adianta o subtítulo da mostra, parecem deixar visíveis os pensamentos de cada artista.

As obras da mostra são um convite para a imaginação do espectador, que pode contemplar esboços e idealizar como cada obra seria se estivesse “pronta”. O retrato que sintetiza a exposição, um quadro de Alice Neel de 1965, não foi terminado propositalmente para simbolizar a

vida de alguém que foi interrompida. Must see!

Endereço: 1000 5th Ave, New York, NY 10028, Estados Unidos

Unfinished no MET

Um mestre da Op Art, aquele tipo de arte abstrata que provoca ilusão de ótica, Michael Kidner e suas pinturas são relembrados em uma exposição que ocupa a Flowers Gallery, em Nova York, até o final deste mês.

Pioneiro do estilo na Grã-Bretanha, Kidner era fascinado por traduzir luzes, formas e uma paleta de cores exuberantes em ideias abstratas.

Essa é considerada uma rara oportunidade de conferir o legado do artista britânico que só foi reconhecido como um dos principais nomes do movimento artístico após seus trabalhos terem sido incluídos em uma exposição no Museum of Modern Art, em 1965, sobre a também inglesa Bridget Riley, um dos maiores nomes da Op Art. Must see!

Endereço: 529 West 20th Street New York NY 10011

Michael Kidner Works on Paper

Gustavo e Otavio Pandolfo são a dupla por trás do street art que assinam como Os Gemeos. Na cena artística desde os anos 1980, eles reuniram alguns de seus trabalhos em uma exposição na galeria Lehmann Maupin, em Nova York, que pude conferir recentemente.

A mostra foi concebida como uma instalação e dividida em salas ocupadas com uma seleção única de pinturas e objetos no estilo que é marca registrada da dupla, sem economizar nas cores e com os personagens de rosto amarelo inspirados pelo imaginário da cultura brasileira e suas tradições. Mas é impossível não notar as obras que revelam sinais de um novo momento artístico, mais geométrico e limpo.

Uma das melhores partes da exposição, a escultura “O Beijo” é uma grande caixa de música embalada por sons produzidos de forma automática através de elementos mecânicos e elétricos que nos transportam para outros universos. Até 22 de outubro!

Endereço: Galeria Lehmann Maupinn – 536 West 22nd Street – Nova York

Silence of the Music – Os Gemeos

Nossa nova musa é uma cidadã do mundo. Carioca, há três anos Livia Lopes mora em Nova York, mas antes disso já teve endereço em Boston e Montreux, na Suíça.  Com um estilo nada óbvio, ela não tem medo de “experimentar e misturar o básico com o diferente” no look, e tem a Mixed como marca queridinha, além de Lenny Niemeyer, Adriana Degreas, Coven e GIG, outros designers Made in Brazil que estão no seu closet.

No Framed by Gallerist ela dividiu outras preferências de estilo com a gente, contou seus lugares favoritos em NY e revelou tips para quem quiser garimpar pela Big Apple. Check it out!

Eu sonhava em conhecer o ZZ’s Clam Bar há quase 1 ano, mas havia descoberto que estava grávida e preferi adiar esse momento já que aqui o menu é 100% RAW, ou seja, tudo é servido cru e grávidas não devem se arriscar tanto! Eis que, um ano depois, com reserva confirmada (garanta a sua, são apenas 10 lugares!) e com a minha filha no colo, pude me deliciar nessa experiência gastronômica sem restrições alimentares.

Apesar do nome, a casa não é um simples bar de clams, vai muito além disso. Escondido no West Village, atrás de uma portinha com um segurança discreto e uma plaquinha de neon, o lugar é capaz de passar despercebido, mas seu interior, sua comida e o menu de drinks surpreendem. O interior escurinho, misterioso e com ar vintage é ocupado por apenas 4 mesas, um belíssimo bar lotado de ingredientes e uma janelinha escura de onde vem a comida. Os pratos são pensados para serem compartilhados e são servidos aos poucos despertando a curiosidade sobre qual será o próximo. Meus favoritos: os clams frescos, as vieiras com pistache e manteiga queimada, a torrada com tuna (que não é qualquer torrada), o ceviche de lagosta e o tartare de yellowtail. Tudo com um toque inusitado.

O menu de drinks é pura criatividade e o próprio barman é uma figura à parte. Com misturas singulares e apresentação impecável, as opções são vastas, ou seja, vá pronto para beber! O coconut e o pineapple são os mais famosos da casa.

O ZZ’s Clam Bar é

uma experiência misteriosa e maravilhosa e já entrou para a minha lista de restaurantes favoritos em Nova York. O preço é salgado, então esteja com o bolso preparado, mas garanto que você não vai se arrepender.

Uma última informação é que esse é o menor restaurante da rede Major Group Food, que também comanda casas como Carbone, Santina, Dirty French, entre outros.

 
Endereço: 169 Thompson Street – NYC

ZZ’s Clam Bar

Reservas: [email protected]