A nova exposição do The Costume Institute reúne looks icônicos criados nos últimos 10 anos que mudaram o curso da moda. E pensando na qualidade técnica e estética de criações de designers do acervo do Met, não seria exagero considerar que a seleção da mostra é composta por verdadeiras obras-primas.

Masterworks: Unpacking Fashion reúne cerca de 60 peças do início do século XVIII até o presente propositalmente expostas em caixas como se tivessem acabado de chegar ao museu, reforçando o conceito da moda tratada como arte.

Cada look é acompanhado por uma explicação completa sobre seu significado e importância para a história da moda. Já silhuetas e designers com uma influência que atravessa o tempo foram colocados lado a lado, como um look de 2015 de John Galliano para a Maison Margiela que reinterpreta um vestido de Cristobal Balenciaga de 1964.

A exposição fica em cartaz até fevereiro de 2017 no Anna Wintour Costume Center, em Nova York.

Endereço: 1000 5th Ave, New York, NY 10028, EUA

Masterworks: Unpacking Fashion no MET

 

 

O brasileiro Ernesto Neto é conhecido por suas peças esculturais criadas manualmente com lã, e é com elas que ele expõe atualmente na Tanya Bonakdar Gallery, em Nova York. Na mostra The Serpent’s Energy Gave Birth to Humanity, as instalações em larga escala do artista ocupam dois andares da galeria com obras que convidam os visitantes para uma experiência sensorial.

 

 

Diferente do que acontece em outras exposições, as esculturas extravagantes de Neto vão na contramão de ideias pré-concebidas de que a arte é feita apenas para ser contemplada e, de preferência, a uma distância segura. Suas peças podem ser apreciadas de perto e não apenas têm permissão para serem tocadas, como em alguns casos é possível até caminhar por dentro delas.

São instalações arquitetônicas que desafiam a gravidade, explorando volumes, cores, texturas. Criadas em parceria com comunidades amazônicas que também são uma inspiração constante em seus trabalhos, elas refletem a diversidade e são uma fonte de escapismo na rotina da vida cotidiana. Até 17 de dezembro!

 

Endereço: 521 West 21st Street New York, NY 10011

The Serpent’s Energy Gave Birth to Humanity

 

O artista americano Kerry James Marshall nasceu em Birmingham, Alabama, antes da aprovação da Lei dos Direitos Civis, que garantiu mais igualdade entre negros e brancos. Mas ele era uma criança quando uma igreja batista foi atacada em 1963 causando a morte de 4 meninas e vivia em Los Angeles na época dos Tumultos de Watts.

Os acontecimentos que fazem parte da história americana e dos afro-americanos, foram absorvidos por ele e recontados em sua arte. Conhecido por suas pinturas em larga escala que rebatem as representações estereotipadas dos negros na sociedade, ele atualmente é tema da maior retrospectiva já criada em seu nome.

Com quase 80 obras, a exposição Kerry James Marshall: Mastry, no The Met Breuer, em Nova York, reúne pinturas, colagens e outros trabalhos que retratam o cotidiano como algo extraordinário e com uma explosão de cores, preenchendo uma ausência dos negros na história da arte ocidental.

 

 
Endereço: 945 Madison Ave, New York, NY 10021, EUA

Kerry James Marshall: Mastry

As semanas de moda de Nova York, Londres e Milão lançaram o tom que vai ser tendência na próxima temporada: o laranja. Destaque na paleta de cor dos principais desfiles de inverno, tanto em roupas como em acessórios, a cor apareceu em suas diversas tonalidades – das mais vibrantes até as mais escuras e sóbrias.

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Quem passar por Nova York nos próximos meses deve fazer uma parada obrigatória na exposição do icônico fotógrafo Irving Penn. Até o dia 30 de julho, o Metropolitan Meuseum of Art celebra o centenário de seu nascimento com a mostra batizada de Centennial. A exposição reúne mais de 200 fotografias do artista, que relembram seus 70 anos de trabalho.

Com o título de maior fotógrafo do século 20, o americano Irving Penn ficou conhecido pelos trabalhos realizados no mundo da moda, da arte e da beleza. Sua sensibilidade também o tornou um dos retratistas mais concorridos de sua época, clicando personalidades como Truman Capote, Picasso, Audrey Hepburn e Yves Saint Laurent.

Nascido em Plainfield, no Estado de Nova Jerey em 1917, Penn estudou na Pennsylvania Museum School of Industrial Art, na Filadélfia. Sua carreira deslanchou em 1943, quando conseguiu a concorrida vaga de assistente de Alexander Liberman, lendário diretor de arte do grupo Condé Nast, na Vogue americana – não para ser fotógrafo, mas para idealizar as fotografias da capa da revista.

Em outubro daquele mesmo ano, desafiado por Liberman a fazer uma foto, inspirou-se na experiência da pintura e do desenho e, assim, assinou sua primeira capa para a publicação: uma composição de objetos e natureza morta. Desse dia em diante, o americano tornou-se referência mundial.

Composições sensíveis, com uma elegância simples e atemporal, que se destacavam pelos detalhes eram marcas registradas de seu trabalho. Ao longo da vida, Irving Penn assinou mais de 150 capas para a Vogue, além de campanhas para renomadas marcas de beleza, como L’Oréal e Clinique.

Em cartaz até o dia 30 de julho de 2017.

Endereço: 1000 Fifth Avenue, New York, NY 10028

Irving Penn: Centennial