Jean-Michel Basquiat foi um dos poucos afro-americanos num mundo artístico predominantemente branco nos anos 1970 e 1980, em plena Nova York à beira de um colapso econômico. E, pela primeira vez, o artista nova-iorquino de ascendência afro-caribenha ganha retrospectiva no Brasil.
Com mais de 80 peças, entre quadros, desenhos, gravuras e pratos pintados, a mostra no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) fica em São Paulo até dia 7 de abril para, em seguida, ser apresentada em Brasília (21.04 a 01.07), Belo Horizonte (16.07 a 26.09) e Rio de Janeiro (12.10 a 08.01 de 2019).
A produção de Basquiat começou nas paredes do artístico bairro de Downtown Manhattan e no metrô nova-iorquino, particularmente nos vagões do trem D que levava o artista para casa. Sob o pseudônimo SAMO (aka Same Old Shit) ele assinava os grafites, que logo chamaram a atenção da cenal cool da época, com o amigo Al Diaz.
A trajetória do artista é contada na exposição desde o momento em que ele deixou de vender cartões postais de sua autoria nas ruas, passando pela amizade com Andy Warhol, até os momentos finais de sua produção.
Basquiat morreu de overdose aos 27 anos e, mesmo tão jovem, já havia se tornado uma estrela do cenário artístico de Nova York. O momento de empolgação e decadência que a cidade vivia criou um paraíso de criatividade, muito explorado pelo artista. Suas obras, marcadas pelo uso, muitas vezes, de materiais simples – como papel comum, colagens, cópias reprográficas e a combinação de imagens humanas e palavras – reproduzia os ritmos, sons e os cenários político, literário e musical de NYC. Must see!
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro. São Paulo-SP